Acidente Vascular Cerebral tem cura?
O AVC (acidente vascular cerebral) é a doença que mais mata no Brasil e que causa diversas incapacidades pessoais. 70% das pessoas que já sofreram com um AVC não conseguem retornar o trabalho depois do acidente, e 50% acabam ficando dependentes. Todavia, mesmo com os números preocupantes, ainda existem dúvidas sobre como acontece o acidente vascular. Principalmente sobre as causas, sintomas e maneiras de prevenir essas enfermidades.
O que é e como identificar um acidente vascular cerebral?
O AVC acontece quando existe uma interrupção repentina do fluxo sanguíneo para alguma região do cérebro. Então, sintomas como dificuldade para falar, desmaio, tontura, paralisia e dor de cabeça, podem ocorrer de acordo com o local afetado.
O derrame pode ser de dois tipos: AVC isquêmico e hemorrágico. O AVC isquêmico é bem mais comum e ocorre quando o fluxo sanguíneo é interrompido por um coágulo, por exemplo. Já o tipo hemorrágico acontece quando um vaso se rompe e causa um sangramento dentro do cérebro ou nas meninges. Independente do caso, o tratamento deve ser feito com urgência, com o intuito de amenizar as sequelas do derrame.
Quais são as causas do AVC?
O derrame cerebral pode ocorrer devido a diversos motivos. Porém, é possível adotar alguns comportamentos para evitar a situação.
Causas do AVC Isquêmico
Alguns hábitos comuns da vida aumento o risco de desenvolver acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos. Como por exemplo, o tabagismo e maus hábitos alimentares, que não deixam o sangue passar livremente. Assim e células da região do cérebro afetadas começam a morrer por falta de oxigênio.
Além disso, doenças como pressão alta, colesterol, triglicerídeos, obesidades ou diabetes são de alto risco para formação de placas de gorduras e inflamação nos vasos sanguíneos. E isso acaba aumentando as chances de desenvolver o AVC. Drogas ilícitas também favorecem a lesão e espasmos nos vasos sanguíneos, e que podem contribuir para a formação de coágulos e, consequentemente, AVC.
Causas do AVC Hemorrágico
Como disse anteriormente, o derrame cerebral hemorrágico ocorre quando existe um sangramento dentro das meninges ou do cérebro. Pode acontecer tanto em idosos quanto em jovens. Uma das causas desse tipo de AVC é a pressão alta, uma vez que pode ocorrer o rompimento de vasos do cérebro.
Outra causa é quando acontece um traumatismo craniano, uma vez que ele pode provocar o sangramento dentro e ao redor do cérebro. E isso pode acabar colando em risco a vida da pessoa. Além disso, a presença de aneurisma cerebral e uso de anticoagulantes podem auxiliar na má formação dos vasos sanguíneos e aumentar o risco de sangramentos dentro do cérebro.
Sintomas do Acidente Vascular Cerebral

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Existem diversos sintomas que o AVC causa, e podem variar de acordo com a área do cérebro afetada. Então, os sintomas se manifestam de formas diferentes, porém eles ajudam a identificar o derrame mais rapidamente, como por exemplo:
- Dor de cabeça intensa;
- Diminuição da força de um dos lados do corpo;
- Perda da sensibilidade de uma parte do corpo;
- Dificuldade em permanecer de pé ou ficar sentado;
- Alterações da visão;
- Rosto assimétrico;
- Dificuldade para levantar o braço ou segurar objetos;
- Fala embolada, lenta ou com um tom de voz muito baixo;
- Movimentos incomuns e descontrolados;
- Sonolência ou mesmo perda de consciência;
- Náuseas e vômitos.
No entanto, algumas vezes o AVC pode ocorrer sem gerar sintomas visíveis, e sendo descobertos apenas em exames realizados por outro motivo. E por isso é tão importante fazer consultas regulares ao médico, principalmente se você se encontra em algum grupo de risco.
É possível curar o AVC?
Quanto mais rápido se iniciar o tratamento de AVC, mais chances a pessoa terá de se recuperar do derrame. Já na própria emergência deve se iniciar com o uso de medicamentos para auxiliar o retorno do fluxo sanguíneo e controlar a pressão arterial.
Em caso de AVC isquêmico é importante devolver o fluxo de sangue para a região afetada, com o fim de salvar cada vez mais tecidos cerebrais. Se o vaso sanguíneo estiver entupido, é necessário que se faça uma trombectomia, para que o médico consiga aspirar o coágulo e liberar a passagem de sangue.
Também pode ser iniciado o uso de medicamentos em caso de AVC Isquêmico, pois são capazes de controlar a formação do coágulo e evitar a oclusão de vasos cerebrais. Cateterismo cerebral, controle da pressão e monitoração, também são procedimentos que podem ser feitos quando acontece um acidente vascular cerebral Isquêmico.
Já no caso de um AVC Hemorrágico, o tratamento deve ser feito a partir do controle da pressão arterial, com uso de anti-hipertensivos por exemplo. Nos casos mais graves pode ser necessário fazer uma cirurgia emergencial cerebral, a fim de encontrar o sangramento e corrigi-lo. Além disso, também pode ser feito uma cirurgia de descompressão cerebral, uma vez que é bem comum existir irritação e inchaço no cérebro após o sangramento.
Sequelas
Dentre as possíveis sequelas de um derrame cerebral estão:
- Dificuldade ou perda da capacidade de realizar movimentos que exigem coordenação;
- Perda da capacidade de reconhecer objetos através da visão;
- Ignorar o lado do corpo que foi afetado pelo AVC;
- Alterações ou perda da sensibilidade;
- Perda dos movimentos (paralisia);
- Alterações de comportamento;
- Lesões motoras graves;
- Perda de memória;
- Alterações na fala;
- Depressão.
Recuperação do paciente
Assim como o tratamento a procura pela reabilitação depende da particularidade do caso. Existem recursos terapêuticos que ajudam a recuperar algumas funções. Por isso é muito importante que para ter uma boa qualidade de vida, o paciente seja assistido por uma equipe de profissionais. Médicos, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos e Psicólogos devem estar sempre na rotina de recuperação de quem sofreu com um AVC. Como disse anteriormente, independente do caso as sequelas são danosas e mudam completamente o ritmo de vida da pessoa após o acidente vascular cerebral.
Mas lembre-se que somente o médico pode dizer qual o medicamento e duração correta para cada caso. Siga sempre as orientações de tratamento do médico, e não, nunca, de jeito nenhum se automedique.
Fonte: www.tuasaude.com
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